domingo, 8 de fevereiro de 2015

Brincadeiras na Educação Infantil


Quantas vezes ouvimos pais e familiares repetindo a frase: “meu filho (a) só brinca na escola!”.
A crença de que na escola de Educação Infantil a criança só brincar é algo que já dura há certo tempo. Não fosse seu caráter depreciativo a frase não haveria mal algum, até porque consideramos a brincadeira como algo sério e que precisa ser levado em consideração no desenvolvimento infantil.
Brincar é uma importante forma de comunicação, é por meio deste ato que a criança pode reproduzir o seu cotidiano. O ato de brincar possibilita o processo de aprendizagem da criança, pois facilita a construção da reflexão, da autonomia e da criatividade, estabelecendo, desta forma, uma relação estreita entre jogo e aprendizagem.
Para definir a brincadeira infantil, ressaltamos a importância do brincar para o desenvolvimento integral do ser humano nos aspectos físico, social, cultural, afetivo, emocional e cognitivo. Para tanto, se faz necessário conscientizar os pais, educadores e sociedade em geral sobre à ludicidade que deve estar sendo vivenciada na infância, ou seja, de que o brincar faz parte de uma aprendizagem prazerosa não sendo somente lazer, mas sim, um ato de aprendizagem.
Assim, o brincar na educação infantil proporciona a criança estabelecer regras constituídas por si e em grupo, contribuindo na integração do indivíduo na sociedade. A criança estará resolvendo conflitos e hipóteses de conhecimento e, ao mesmo tempo, desenvolvendo a capacidade de compreender pontos de vista diferentes, de fazer-se entender e de demonstrar sua opinião em relação aos outros.
De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL, 1998, p. 27, v.01): O principal indicador da brincadeira, entre as crianças, é o papel que assumem enquanto brincam. Ao adotar outros papéis na brincadeira, as crianças agem frente à realidade de maneira não literal, transferindo e substituindo suas ações cotidianas pelas ações e características do papel assumido, utilizando-se de objetos substitutos.
Podemos levantar inúmeras razões pelas quais consideramos a importância da brincadeira no desenvolvimento infantil, podendo destacar: 

  • Ao brincar, a criança aprende sobre si mesma e sobre o mundo que a cerca;
  • A brincadeira é um elemento que contribui para a construção da identidade e para a formação social e cultural do indivíduo;
  • A brincadeira favorece a capacidade de interação. Brincando, a criança aprende a lidar com o outro, respeitando seus limites;
  • Nas brincadeiras as crianças entram em contato com regras e normas sociais, conhecendo e aprendendo determinados valores e comportamentos culturais;
  • Ao brincar, a criança consegue expressar, de forma muito mais espontânea, os seus sentimentos e emoções;
  • O desenvolvimento da linguagem oral, da expressão corporal e comunicação ampliam-se;
  • A capacidade de imaginação, imitação, observação e criatividade são aspectos desenvolvidos no ato de brincar;
  • Autoestima elevada e autoconfiança são reforçadas;
  • A brincadeira oportuniza a aprendizagem de conceitos e conhecimentos científicos de forma significativa e rica, desenvolvendo habilidades cognitivas;
  • Quando a criança brinca, ela consegue compreender determinadas situações conflitantes e aprende a tomar decisões e a resolver problemas;
  • A ludicidade que envolve a brincadeira faz com que a criança desenvolva-se plenamente em diversos aspectos (físico, emocional, psicológico e cognitivo), crescendo saudável e feliz;
Portanto, a brincadeira é de fundamental importância para o desenvolvimento infantil na medida em que a criança pode transformar e produzir novos significados.
As crianças desenvolvem sua capacidade de raciocinar, de julgar, de argumentar, de como chegar a um consenso, reconhecendo o quanto isto é importante para dar início à atividade em si. É brincando que a criança aprende a respeitar regras, a ampliar o seu relacionamento social e a respeitar a si mesmo e ao outro.
Enfim, brincar é tão importante para quanto alimentar-se, dormir, estudar, porque é também através da brincadeira que o seu intelecto, emocional e seu bem estar físico caminharão juntos, pois como diz Carlos Drummond de Andrade: “Brincar não é perder tempo, é ganhá-lo”.    


REFERÊNCIAS:

Brasil, Ministério da Educação, Secretaria de Ensino Fundamental: Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, volumes I, II, III. Brasília: MEC/SEF,1998.

OLIVEIRA, Vera Barros de (org). O brincar e a criança do nascimento aos seis anos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.


Agora que você já sabe o quão é importante brincar, clique aqui e vá direto a um link com inúmeras brincadeiras que deixarão os pequenos ainda mais felizes!


Espero que tenham gostado de nossa postagem e sugestão, aguardamos novamente sua visita.
Beijos e até breve.
Cristina Alves

domingo, 1 de fevereiro de 2015

A importância da educação infantil



(imagem disponível em: google+imagenseducaçãoinfantil)

Olá pessoal, hoje iniciarei com uma postagem sobre a importância da educação infantil. Um assunto muito discutido atualmente e que vem enfrentando muitas mudanças no direito de nossas crianças. Então, vamos lá?!...

Ao discutir sobre a importância da Educação Infantil, abrem-se muitas indagações e questionamentos, tentando entender se realmente há necessidade da criança com idade inferior a seis anos frequentar a escola. Até pouco tempo atrás esse ensino era tido como de menor importância.
O período que se estende da gestação até os seis anos de idade é considerado o mais importante para o desenvolvimento da criança, pois é nessa fase que a criança estabelecerá suas conexões com o mundo. Corroborando esta afirmativa Antunes (2006, p. 9) declara que a criança "precisa desenvolver-se plenamente nos aspectos físico, psicológico, intelectual e social, por meio de uma educação bem estruturada que atenda as necessidades da criança". Porém essa relevância não foi sempre considerada ou mesmo conhecida, pois durante muito tempo a criança não era reconhecida como um ser que precisava de cuidados e educação específicos para a sua faixa etária e para cada fase do seu desenvolvimento. Até o período da Idade Média a criança era vista como um adulto em miniatura, um ser que precisava ser treinado para suas atividades quando alcançasse a idade mínima para tal. Até mesmo suas roupas eram semelhantes às roupas dos adultos.
Hoje, sabemos que a estimulação precoce das crianças contribui e muito para o seu aprendizado futuro. Desenvolve suas capacidades motoras, afetivas e de relacionamento social. A Educação Infantil  permite e incentiva o brincar e as crianças têm a possibilidade de conhecer suas características e habilidades e assim trabalhar a partir delas.
O trabalho realizado em sala de aula vai além de apenas cuidar, o profissional procura formas pedagógicas para inserir os jogos e brincadeiras na educação das crianças, fazendo com que o conhecimento evolua livremente e de maneira satisfatória. 
Na Educação Infantil é possível trabalhar o brincar de diversas formas, possibilitando, cada vez mais, um desenvolvimento global, ou seja, um desenvolvimento social, cognitivo e motor. 
A educação infantil tem-se revelado primordial para uma aprendizagem efetiva. Ela socializa, desenvolve habilidades e melhora o desempenho escolar futuro.
A educação infantil é o verdadeiro alicerce da aprendizagem, aquela que deixa a criança pronta para aprender.
Estar na escola é um direito de toda criança desde o seu nascimento. Este direito está assegurado no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e registrado também na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB).
Assim, vamos valorizar e prestigiar esse grande momento na vida de nossos pequenos. Juntos, teremos muitas aprendizagens e experiências.
Até mais, um grande beijo...


Referencias:

ZABALZA, Miguel A. Qualidade em educação Infantil. Editora: ArtMed. São Paulo. 1996
BRASIL. Ministério de Educação e Cultura. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil: resolução n.1, de 7/4/1999. Brasília, 1999.
CAMPOS, M. M.; HADDAD, L. Educação infantil: crescendo e aparecendo. Cadernos de pesquisa, n.80, p.11-20, fev. 1992.